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Atividade Física

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"Exercício é Saúde"

Atividade Física: Recomendações e Vantagens

 

     A inatividade física, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2010), constitui o quarto fator de risco para a mortalidade global (cerca de 6% das mortes globais) e os níveis de inatividade física têm vindo a aumentar em diversos países contribuindo para o aumento de doenças não transmissíveis como as doenças cardiovasculares, diabetes, cancro e os riscos para as mesmas como a hipertensão arterial e a obesidade.

     Segundo a Direção-Geral de Saúde (2008), é estimado que o sedentarismo seja causador de 1 milhão e 900 mil mortes a nível mundial. É causador de 10-16% do cancro da mama, cólon e recto, bem como, diabetes mellitus, e de cerca de 22% da doença cardíaca isquémica. O risco de se desenvolver uma doença cardiovascular aumenta 1,5 vezes nos indivíduos que não seguem as recomendações mínimas estipuladas para a atividade física. Observa-se o aumento do excesso de peso e a obesidade na população mais jovem e neste sentido, a atividade física é encarada como chave para o controlo do peso.

     De forma a melhorar a saúde cardiorrespiratória, a saúde metabólica (diabetes e obesidade), a saúde músculo-esquelética e prevenir o cancro e a depressão, a OMS recomenda os seguintes níveis de atívidade física:

  • Os adultos de idade entre os 18 e os 64 anos devem fazer pelo menos 150 minutos de intensidade moderada de atividade física aeróbia ao longo da semana ou fazer pelo menos 75 minutos de intensidade vigorosa ao longo da semana ou uma combinação de intensidade moderada e vigorosa;

  • A atividade física aeróbia deve ser realizada em períodos com duração de pelo menos 10 minutos;

  • Para obter benefícios extra em saúde, o adulto deve aumentar a atividade física aeróbia de intensidade moderada para 300 minutos por semana ou aumentar para 150 minutos a de intensidade vigorosa por semana ou realizar uma combinação de atividade física de aeróbica de intensidade moderada e vigorosa.

     Estas orientações são relevantes para todos os adultos saudáveis com idades entre os 18 e os 64 anos a não ser que as suas condições de saúde indiquem o contrário e, são aplicáveis para todos os adultos independentemente do gênero, raça, etnia ou nível de rendimento.

     Segundo a OMS (2010), a atividade física estabelece relações dose-resposta direta entre intensidade, frequência, duração e volume existindo uma relação dose-resposta para as doenças cardiovasculares e doenças cardíacas coronárias, ocorrendo a redução do risco de doenças em níveis de pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana.

     Existe também uma relação direta entre a atividade física e a saúde metabólica, incluindo a redução do risco de diabetes e síndrome metabólica sendo os riscos significativamente mais baixos quando cumprido os 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada a vigorosa. O cumprimento desta recomendação tem também efeito favorável na manutenção do peso nos adultos.

     No que diz respeito à saúde óssea, os adultos fisicamente ativos tendem a ter menos risco de fracturas ósseas, daí a importância de atividade de intensidade moderada a vigorosa realizada 3-5 dias por semana, 30-60 minutos por sessão, pois são eficazes na promoção do aumento da densidade da massa óssea.

     A prática regular de atividade física está ainda relacionada à prevenção do cancro da mama e do cólon. A atividade física realizada de intensidade moderada a vigorosa pelo menos 30-60 minutos por dia, diminui significativamente os riscos desses tipos de cancro.

     A Direção-Geral de Saúde (2007) apresenta, resumidamente, as principais vantagens da atividade física regular, nomeadamente:

  • Reduz o risco de morte prematura;

  • Reduz o risco de morte por doenças cardíacas ou AVC, que são responsáveis por 1/3 de todas as causas de morte;

  • Reduz o risco de vir a desenvolver doenças cardíacas, cancro do cólon e diabetes tipo 2;

  • Ajuda a prevenir/reduzir a hipertensão, que afecta 1/5 da população adulta mundial; 

  • Ajuda a controlar o peso e diminui o risco de se tornar obeso;

  • Ajuda a prevenir/reduzir a osteoporose, reduzindo o risco de fractura do colo do fémur nas mulheres;

  • Reduz o risco de desenvolver dores lombares, pode ajudar o tratamento de situações dolorosas, nomedamente dores lombares e dores nos joelhos;

  • Ajuda o crescimento e manutenção de ossos, músculos e articulações saudáveis;

  • Promove o bem-estar psicológico, reduz o stress, ansiedade e depressão;

  • Ajuda a prevenir e controlar comportamentos de risco (tabagismo, alcoolismo, toxicofilias, alimentação não saudável e violência), especialmente em crianças e adolescentes.

     Concluido, segundo a OMS (2010), existe uma forte evidência que demonstra que os indivíduos que são mais ativos têm menores taxas de mortalidade por todas as causas: doença cardíaca coronária, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, diabetes, síndrome metabólica, cancro do cólon, cancro da mama e depressão e também, apresentam melhores capacidades cardiorrespiratórias e musculares.

 

Referências Bibliográficas:

Benefícios do Exercício Físico

Aspetos Psicossocias do Exercício

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