Tensão Arterial

 

     Uma das áreas prioritárias de intervenção é a vigilância de saúde, especificamente, o controlo da tensão arterial. A necessidade de intervir nesta área surge no sentido da promoção da saúde dos estudantes do ensino superior da RAM, através da adoção de estilos de vida saudáveis que visem uma melhor qualidade de vida ao longo de todo o ciclo vital.

     O controlo da tensão arterial deve ser realizado regularmente, seja no domicílio, nas farmácias ou nos centros de saúde. Este é um comportamento procura de saúde que nos permite prevenir ou controlar o desenvolvimento de patologias subjacentes. Segundo a DGS em 2004, a deteção precoce da tensão arterial elevada, quer em indivíduos com risco cardiovascular acrescido, quer em indivíduos aparentemente saudáveis, independentemente da faixa etária, a correta orientação terapêutica, farmacológica ou não farmacológica, a avaliação frequente da TA, devem ser prioridades não só dos prestadores dos cuidados de saúde, mas também da população.

     A DGS (2004) padroniza os valores de tensão arterial em diferentes classificações:

Normal: PAS entre 120-129 mmHg e PAD entre 80-84 mmHg;

Normal Alta: PAS entre 130-139 mmHg ou PAD entre 85-89 mmHg;

Hipertensão: PAS > 140 mmHg ou PAD > 90 mmHg.

     A avaliação da tensão arterial quando realizada de forma autónoma e no domicílio, deve ser realizada com aparelhos aferidos seguindo as recomendações dos fabricantes, a braçadeira utilizada deve ser adequada e colocada cerca de dois dedos acima da articulação do membro superior, com o mesmo desnudado. A mesma deve ser feita num ambiente acolhedor, homeotérmico, sem poluição sonora e luminosa, a pessoa deve estar sentada e relaxada, pelo menos, durante cinco minutos. Cerca de 15 a 30 minutos da avaliação não devem ser ingeridos substâncias estimulantes, como o café, o álcool ou o tabaco (DGS, 2004).

     A Fundação Portuguesa de Cardiologia (2003) salienta a importância da avaliação regular da tensão arterial ser feita o mais precocemente possível, dado que a Hipertensão é considerada uma doença silenciosa, causada pelo stress da vida quotidiana, maus hábitos alimentares, doenças metabólicas, obesidade, problemas estes que afetam a nossa população mais jovem.

     Segundo esta fundação, os fatores de risco para o desenvolvimento da Hipertensão Arterial são:

Obesidade (índice massa corporal superior a 30 Kg/m2)

História familiar de doença cardiovascular prematura

Sedentarismo

Diabetes Mellitus

Dislipidémia

Hábitos Tabágicos.         

     A adoção de estilos de vida saudáveis é indispensável para a prevenção do desenvolvimento da Hipertensão, nomeadamente:

A adoção de uma dieta rica em frutas, peixe, vegetais, com baixo teor de gorduras saturadas e redução da ingestão de sal.

Prática de actividade física, como caminhadas durante 30 minutos por dia.

Consumo moderado de cafeína e de álcool.

Cessação dos hábitos tabágicos. 

 

Referências Bibliográficas:

PORTUGAL, Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde. (2004). Diagnóstico, Tratamento e Controlo da Hipertensão Arterial. Lisboa: DGS

Fundação Portuguesa de Cardiologia. (2014). Hipertensão. Retrieved from http://www.fpcardiologia.pt/saude-do-coracao/factores-de-risco/hipertensao/